O mundo mudou, com medo e muda
Escondi-me na despensa atolada
Da minha alma covarde e reclusa
Cheia de entulhos e assombrada
Estendi minha mão para segurar a flor
Que despontava envergonhada
Do meu débil e frágil amor
Qual cadela faminta e enxotada
Vaguei desnorteada pelos caminhos
Tédio e dor me acompanharam pela estrada
Feriram-me sem trégua os espinhos
E eu morri antes de ser purificada