Esturdia, minha tia goyá veio á casa visitá
Chegô, sentô no tamburete, precisava refrescá
Tomô água e foi dizeno: o grude, eu vô prepará
Vô fazê pequi no armoço e ai de quem reclamá
Só não pode a lingua furá
Pra cozinha ela foi a comida prepará
Chica doida, feijão, pequi
Arroz queimado pra completá
E não é que o tal grude
Ficô bão demais da conta?
Simplim, saboroso, tava pra chef invejá
Atarracou lá no fogão e foi dizeno
Eu vim aqui foi pra ficá... vixe!
Lá pelo méi da tarde a tia goyá tornó a inventá
Vamo assá um biscoito
Passá um café e prusiá?
Tava animada! quem é que vai questioná?
E se fosse a derradêra veiz
Do biscoito a tia amassá?
Sentô na cadêra
E pôe reparo num, reparo notro
Biscoito assano, café quetim
menino correno e a tia? firme, proseano!
Dia grande, pra lá e pra cá
Sem um minutim pará... mais quando é fé
A muiê empacou!
Que aconteceu tia goyá? cansô?
Sei não... a mode que pistiei!
Ah neim! fiz grude, prosiei, assei biscoito
Passei café pra todo mundo filá
E os discaído, miorá!
Espia só: meu pandú tá chêi
Já tô gangano grilo... zum, zum, zum parô
Ê... coisa boa neh?
Mas pra mim já deu... cabô meu causo cocêiz
Té logo, com Deus, té outra vêiz!
Ah neim que conversa fiada
Tia goyá não tem jeito não
Ah neim que conversa fiada
Isso tá pra lá de bão