E foi assim que minhas mãos
soltaram as suas
E por ruas escuras
eu caminhei, plantas mortas
me encaravam na noite
E vi janelas fechando, eu vi.
Sentia dor, pois meus olhos
já não enxergavam mais
As lágrimas não me deixavam ver
E mesmo assim com todo o corpo sedado
Só dor senti foi o que senti
E as lágrimas não confortam os meus
sonhos em ruínas
Mas prometi pra mim mesmo
ser a última vez
Vou caminhando sem olhar pra traz.
Mesmo que as lágrimas cheguem
em meus lábios (olhar) para os lados sim,
para traz jamais
E até parece que o coração já não pode mais amar
É ódio demais! É ódio demais!
São tantas coisas que nem consigo dizer já me
faltam forças pra chorar
Meu corpo cansado minhas mãos estão fracas
Nem consigo escrever isso pra alguém
As vezes pensei nunca mais magoar
Ia ser melhor pra mim
Mas quando fui embora fraquejei pois não irei olhar
pra trás, mas olhei tentando te ver, então me vi fraco,
tão fraco como pude, só me odiei, me odiei, pois nunca menti
pra você.
E meu olhar foi te procurar e tentar concertar
ignorar dói mais que um golpe em meu rosto
alguém chora trancado num quarto escuro
esse alguém sou eu, tão exposto!