Qualquer amor, espelho frágil
Qualquer mulher serena imagem
Na perfeição ingênua de seus traços
Me aquece sem me tocar
Sem nunca me ver
Sem sequer viver
Vive em batidas e pesadelos
Em ilusões secundárias
Eu beijo e massageio os seus pêlos
Numa fantasia que são várias
E amando assim ao nada
Meu orgasmo me espanta no final
Vou sonhando na madrugada
No marasmo do bobo sentimental
Alma quebrada, cama rasgada
Moribundo, desprezado e confuso
Com maravilhas, doenças, piadas
Um sabor e esse prazer intruso
E amando assim ao nada
Meu orgasmo me espanta no final
Vou sonhando na madrugada
No marasmo do bobo sentimental